Glaucoma

O Glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico. O aumento desta pressão pode ser por um bloqueio ou diminuição do líquido intra-ocular ou até mesmo por aumento na produção deste líquido. O diagnóstico precoce pode preservar a visão e o um exame oftalmológico anual é indicado para todas as pessoas (mesmo as que não tenham histórico familiar).

  • Sintomas
    Normalmente o paciente não sente dor, as vezes uma sensação de peso, e muitas vezes nem percebe que está perdendo gradativamente a visão, o que retarda a ida ao oftalmologista .“A pressão intra-ocular elevada pode destruir as células do nervo óptico e isso gera pontos cegos que se formam no campo visual. Esses pontos cegos podem ser periféricos, mas, em estágios mais tardios, atingem a visão central. Depois da perda visual, o problema torna-se irreversível, já que as células do nervo óptico estão mortas, e nada pode substituí-las até o momento.”
  • Fatores de Risco
    Pessoas acima de 45 anos, histórico familiar de glaucoma, raça negra, descendência asiática, diabéticos, míopes, uso prolongado de corticóide e lesão ocular prévia.
  • Tipos de Glaucoma
    Glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma de pressão normal, glaucoma de ângulo fechado, glaucoma agudo, glaucoma pigmentar, síndrome de esfoliação, glaucoma pós-trauma e glaucoma secundário.
  • Tratamento
    O tratamento inicial é clínico e o objetivo é promover a estabilização, retardar ou evitar o surgimento das alterações glaucomatosas por meio da redução da pressão intra-ocular. O conceito de pressão alvo vem se destacando e consiste em estabelecer uma pressão ideal de forma individualizada para cada paciente.“Um bom tratamento do glaucoma repercute inclusive no estilo de vida e se relaciona à atividade profissional de muitos pacientes glaucomatosos. “O glaucoma pode ser tratado com colírios, medicamentos por via oral, cirurgia a laser, cirurgias tradicionais (trabeculectomia) convencionais e, uma combinação de alguns desses métodos. A meta é impedir a perda visual e manter a pressão intra-ocular em níveis satisfatórios e devidamente controlados.

Pterígio

É popularmente chamado de “carne” no olho, o pterígio é uma membrana da conjuntiva do olho que se prolifera da parte da parte branca do olho (que é a esclera) em direção à córnea.

  • Sintomas
    O pterígio provoca irritação, vermelhidão, ardor, coceira e sensação de corpo estranho, além de muita sensibilidade à luminosidade (fotofobia).
  • Causas
    A exposição ao sol é um dos principais fatores de risco. Há os fatores hereditários e tem maior incidência em regiões tropicais, onde o clima é mais seco e quente. O pterígio se agrava em pessoas que passam bastante tempo diante do ar livre, principalmente durante o verão e com exposição prolongada ao sol, sobretudo aos raios ultravioletas (UVA e UVB). Ambientes com poeira e o ressecamento dos olhos também favorecem o surgimento do pterígio.
  • Tratamento
    É importante um acompanhamento oftalmológico para proteger os olhos, como uso de óculos escuros e lágrimas artificiais para evitar o ressecamento.A cirurgia é o padrão ouro com o objetivo de que o pterígio não alcance a pupila ou deixe marcas de difícil remoção na córnea, além de poder diminuir a visão. O lado estético também deve ser levado em consideração na indicação cirúrgica. No entanto, o pterígio pode ocorrer novamente, mas as técnicas modernas vêm diminuindo as chances de recidiva.

Calázio

É a infecção/inflamação de uma pequena glândula da pálpebra, podendo ser interno ou externo. Popularmente conhecido como Terçol, Inicia-se como um pequeno nódulo, o qual apresenta vermelhidão na pálpebra e pode ficar dolorido.

Normalmente pode desaparecer ou diminuir sem tratamento,as vezes supurando em poucos dias e tem evolução benigna. No caso de se tornar crônico pode deixar um nódulo indolor na pálpebra.

  • Tratamento
    Na maioria dos casos, o calázio some sozinho entre três e cinco dias, mas em casos graves ou recorrentes é preciso acompanhamento de oftalmologista. O tratamento pode incluir calor local com compressas, pomadas à base de antibiótico e corticosteróide e tudo deve ser ter a devida orientação médica. Quando o tratamento clínico não consegue conter o quadro , pode-se partir para a cirurgia que é rápida e sem conseqüências maiores.

Catarata

A Catarata consiste na opacidade parcial ou total do cristalino (lente natural do olho). Geralmente atua de maneira progressiva. Inicia-se com a diminuição da acuidade visual mesmo com correção óptica (óculos). Pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais frequente. As cataratas adquiridas, em geral, ocorrem em pessoas acima dos 60 anos e também são conhecidas como catarata senis (envelhecimento do cristalino. Traumas oculares, uso de medicamentos (corticóides) , inflamações intra-oculares (uveítes), exposição excessiva à irradiação solar e diversas doenças associadas, como o diabetes, por exemplo, são causas conhecidas.

  • Sintomas
    Além de causar a diminuição da visão, as pessoas podem observar imagens duplas, confusão para ver e distinguir cores, alteração freqüente do grau de óculos, muita dificuldade para a leitura e a distância também e visão pior com luminosidade. Pode ocorrer no dois olhos e ainda é a maior causa de cegueira reversível no mundo, atingindo milhões de pessoas.
  • Tratamento
    Não existe tratamento clínico para catarata, é sempre cirúrgico. A partir do momento em que a baixa acuidade visual não é mais corrigida com o uso de correções ópticas (óculos)  há indicação cirúrgica. O momento propício para a realização da cirurgia depende também do prejuízo e do comprometimento que esta opacificação vem trazendo ao cotidiano e as funções habituais do paciente. A técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata, consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado faco-emulificação com implante de lente intra-ocular. Atualmente tem a opção de corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) com a cirurgia de catarata.

Conjuntivite

É uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte anterior do globo ocular (branco do olhos) e a parte posterior das pálpebras. Pode ser em um ou nos dois olhos.

Inicialmente pode apresentar com hiperemia “vermelhidão” + ardência + edema “inchaço” + sensação de areia + presença de secreção.

Normalmente está relacionada com os cuidados com a higiene do próprio indivíduo. E muito contagiosa, passando de um indivíduo para o outro Pode ser causada por vírus, fungos, bactérias, alérgica e tóxica para aqueles casos que caem substâncias agressivas aos olhos (cloro, tinta, maquiagem, etc).

  • Conduta
    • Lavar as mãos com frequencia
    • Não tocar os olhos com as mãos sujas
    • Evitar compartilhar produtos de beleza (rímel, delineadores, etc)
    • Procurar seu médico oftalmologista